Me
achaste como uma gaivota a beira mar
Entraste
no meu quarto e me beijaste
Apoderou-se
do meu corpo a copular,
Me
deixaste quase tonta de prazer
Subiste
em meu navio coberto de tatuagem
Marinheiro
tu parecias uma miragem
Me
possuiu em teus braços e depois sumiu
De
porto em porto sempre estás de volta
Com muitas
lorotas e pedido de desculpas
Meu coração
quando de te vê se assusta
Como
num fado que chora na melodia
De uma
vida que nunca quis sofrida
Acho
que é loucura essa desventura
Chorei
muito de tristeza e também de alegria
Nossos
corpos entrelaçados pela fadiga
Era de
tarde e à noite já vinha nos chamar
Tens
que ires para o cais a embarcar
Meu
navio ficou atracado aqui a implorar
Volta por
favor marinheiro com teus carinhos
Ficarei
aqui com meu coração a te esperar.