quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

UM FADO QUE CHORA.

 



A mim vieste de não sei de onde

Me achaste como uma gaivota a beira mar

Entraste no meu quarto e me beijaste

Apoderou-se do meu corpo a copular,

Me deixaste quase tonta de prazer

Subiste em meu navio coberto de tatuagem

Marinheiro tu parecias uma miragem

 

Me possuiu em teus braços e depois sumiu

De porto em porto sempre estás de volta

Com muitas lorotas e pedido de desculpas

Meu coração quando de te vê se assusta

Como num fado que chora na melodia

De uma vida que nunca quis sofrida

Acho que é loucura essa desventura

 

Chorei muito de tristeza e também de alegria

Nossos corpos entrelaçados pela fadiga

Era de tarde e à noite já vinha nos chamar

Tens que ires para o cais a embarcar

Meu navio ficou atracado aqui a implorar

Volta por favor marinheiro com teus carinhos

Ficarei aqui com meu coração a te esperar.

 

 

 

 

 


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